UMA LULIKE em Tetun ( língua oficial de Timor-Leste) quer dizer Casa Sagrada.
A casa é o Lar, o lugar onde estão os nossos afectos e onde vivem os nossos antepassados, como acreditam os timorenses.
Um dia conheci um timorense, um verdadeiro herói anónimo que teve de deixar a sua terra para salvar os filhos e recomeçar de novo noutro canto do Mundo. Generosamente, contou-me a sua fuga de Timor, a passagem por Macau e a luta que travou para conseguir resgatar os filhos de um cenário de guerra.
Peguei nesse relato e em tudo o que me contaram os seus intervalos silenciosos, as suas lágrimas e agora só peço a Deus ter-lhe sido fiel quando inventei o André, personagem timorense de “Uma Casa Com Os Pés no Mundo”
Depois vem uma história de amor começada numa praia do oeste português, onde a Maria Ana e do Manuel se conheceram nos anos 50;
Uma porteira vítima de violência doméstica a quem todos chamam “Frida Kahlo”;
o Jap, um macaense que fisicamente mais parece um japonês, um homem dividido entre duas culturas e mais umas quantas histórias de vida…
Que têm todos eles em comum? Um lar, um prédio em Lisboa que se vai transformando em UMA LULIKE.
Editora | Edições Esgotadas |
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