Madalena
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“No período da noite, pela primeira vez, foram explicadas as diferenças entre os homens e as mulheres, as obrigações das esposas, os deveres das esposas e muitas outras coisas.Só não me foi explicado que, durante os próximos três dias, teria algumas aulas de fundamentação em práticas sexuais.
era preciso uma madrinha para cada uma das meninas, quem ensinaria a fazer amor, sexo e muitas outras coisas com o órgão genital. Naquela noite, a avó Linda apalpou-lhe a coisa inúmeras vezes, introduzindo os dedos; um de cada vez; dois de cada vez; três de uma só vez e quando deu por si, o meu orgão ardia como se tivesse sido rasgada com uma faca de carne. Escorria-lhe o sangue e sentia a vontade de permanecer com as pernas abertas.
-Senti que me ocorria alguma dilatação das paredes vaginais, mas estava convicta de que aquele sofrimento valia a pena. Sabia que, depois de tudo aquilo, teria alguém que me amasse e seria verdadeiramente satisfatória na cama, que teria os lábios da vagina bem grandes – testemunhou Adelina – e o rapaz que me quisesse, vivesse comigo, iria delirar de tão boa que fosse – mas nem a dor, nem a hemorragia paravam.
Na verdade, os ritos de iniciação são práticas das zonas rurais, aos quais são submetidos os rapazes (em algumas zonas) e as raparigas, quando se consta que estão aptas para reproduzir. Tal qual os homens, quando isolam os animais para acasalarem, servindo a fêmea de banquete ao macho.”
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“Escrever mais do que foi escrito, desconsigo. Primeiro, a surpresa, devo dizer-te Yassine. A honra de me teres eleito para escrever sobre tão substanciada sobriedade. A clareza discernida de olhares as coisas de frente e de não contorná-las, não fingires que as vês. Depois, a dúvida. Mas porquê eu, porque será que, com tão afincada delicadeza, me haverias de pedir a mim, eu que até me julgo um desregrado? Matutei muito, devo dizer-te, mas maningue mesmo. Então, fui-te dar uma espiadinha às coisas que escreves, as saudades que és. Logo me tranquilizei um pouco mais. Disse-me, homem do mar este, homem do Mundo mas com suas âncoras fixas. Casado com a terra, com o chão onde o mar pisa. (…) E pus-me a ler-te. (…) Meu orgulho se inchou, se volatilizou, se camboteou de tanta honra que me deste e de tanta responsabilidade, igualmente, Yassine.Este livro é uma jóia na Literatura Moçambicana e tu uma pérola de autor. Dizer mais é querer dizer o que escreveste, com dignidade, frontalidade, com moçambicanidade. Os meus parabéns e que continues a honrar a tua Pátria como o bom militar que vais ser e o escritor que já és. Palavras de fundo. Digo-te. Porque me choram os dedos de regozijo e a alma de orgulho.” Eduardo White
Peso | 240 g |
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Dimensões (C x L x A) | 14 × 1.1 × 21 cm |
Editora | Edições Esgotadas |
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