Olinda Beja
Olinda Beja nasceu em Guadalupe – S. Tomé e Príncipe. Criança ainda deixou as ilhas e passou a viver do outro lado do mar, em terras frias e alcantiladas da Beira Alta. Um dia resolveu voltar às suas raízes maternas. Chamou-a o som do ossobô, os rios caudalosos, o canto das aves exóticas, a voz de Sam Lábica, sua mãe… Derramou então a sua vida dupla entre mar e montanha, Europa/África, em palavras poéticas, fundas, sentidas, em páginas de livros por onde vai mitigando uma sede antiga…
As suas obras têm sido objeto de estudo em várias universidades nomeadamente no Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul e nas escolas portuguesas da Suíça e do Luxemburgo onde, como leitura integral, foram adotadas as seguintes obras “15 Dias de Regresso”(Romance) e “Pé-de-Perfume” (Contos). Foi convidada para levar “Um Grão de Café” ao Festival das Migrações e Culturas ”(13, 14 e 15 de março) no Luxemburgo seguindo daí para Cabo Verde.
O seu livro de contos “Histórias da Gravana” – foi nomeado, entre os finalistas, para o grande Prémio Literário PT 2012.
Durante o ano escolar, Olinda Beja desloca-se a estabelecimentos de ensino do universo lusófono onde, através de conferências, entrevistas e outras atividades culturais (contadora de histórias) dá a conhecer as ilhas do cacau e do café fazendo a aproximação dos povos que usufruem de uma riqueza cultural em comum – a Língua Portuguesa. Acompanhada à viola pelo músico santomense Filipe Santo, Olinda Beja tem feito recitais de poesia em vários palcos do mundo – Brasil, França, Austrália, Timor, Espanha, Luxemburgo, Portugal, Suiça, Alemanha –festival internacional de poesia de Berlim 2008 -, fazendo com que haja um maior conhecimento da poesia e dos poetas de São Tomé e Príncipe.
Recentemente foi-lhe atribuído o Grande Prémio Literário Francisco José Tenreiro (o maior prémio literário de S. Tomé e Príncipe) pela sua obra poética “À Sombra do Oká” (a sair em breve).