Maria Lúcia Dal Farra
Maria Lúcia Dal Farra (Botacatu, São Paulo, 14/10/1944), com titularidade pela Universidade Federal de Sergipe e consultora Ad Hoc do CNPq, é um nome consolidado no ensino universitário no Brasil e frequentemente citado em muitos trabalhos acadêmicos no exterior. Lançou Perdidamente. Correspondência amorosa de Florbela Espanca (Porto: Quasi/Câmara Municipal de Matosinhos, 2008), além de sua tese de doutorado sobre Herberto Helder – Alquimia da Linguagem, publicada em livro pela Imprensa Nacional/Casa da Moeda em 1994. Possui cerca de sete obras sobre Florbela Espanca. Em 2019 teve a sua correspondência com Vergílio Ferreira publicada pela Universidade de Évora e editora Âncora de Lisboa (com edição de Elisa Nunes Esteves e João Tiago Lima) e a sua correspondência com Herberto Helder foi depositada nos Reservados da Universidade da Madeira. Em 2012 foi revelada ao grande público uma outra faceta desta crítica que agora se afirma, definitivamente, como poetisa. Apesar de já ter publicado dois livros de poesia anteriormente – Livro de Auras (Iluminuras, São Paulo, 1994) e Livro de Possuídos (Iluminuras, São Paulo, 2002) – e um narrativo – Inquilina do Intervalo, em 2005, que é uma espécie de transcrição em prosa dos poemas do Livro de Auras, com o qual mantém uma relação umbilical –, é em 2012 que Maria Lúcia Dal Farra ganha projeção nacional, e em todo o mundo lusófono, quando foi galardoada com o prêmio Jabuti na categoria de melhor livro de poesia do ano, com a obra Alumbramentos (Iluminuras, São Paulo, 2011). Mais recentemente, em 2017, publicou o Terceto para o fim dos tempos.