Abril é o mês do livro

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12 de Dezembro, 2019

Abril é o mês do livro. Um pouco por todo o país, realizam-se feiras, recitais, festas e outras atividades que se centram no livro. Durante algum tempo, temeu-se pela longevidade do livro, acreditando-se que ele seria ultrapassado pelo ebook. No entanto, em Portugal, os leitores não simpatizaram muito com este novo formato. Existe, também o audiobook, que nos proporciona a audição da leitura de um livro por outra pessoa, cabendo-nos, apenas, a função de ouvir. Este tipo de livros começou por ser utilizado pelos habitantes das grandes cidade que perdem, diariamente, muito tempo no trânsito, todavia, foi uma moda que não veio para ficar.

Por cá, continuamos a preferir mexer nas folhas para sentir o cheiro do papel, embora a tecnologia esteja a acompanhar as mais difíceis exigências e seja possível encontrar odores no formato digital.

Porém, seja no formato tradicional, seja em formato digital, o que é importante é que as crianças, os jovens e os adultos leiam, leiam bem e livros de qualidade, de maneira a enriquecerem-se culturalmente e a completarem a sua formação no domínio da língua. Não se pode negar que as estratégias para a motivação para a leitura têm sido mais do que muitas, verificando-se que pais, educadores, bibliotecas, escolas, autores, editores e livreiros procuram conjugar os seus esforços para conseguirem pôr a população a ler. A luta é difícil, uma vez que a concorrência oferece grande resistência, com os telemóveis, os tablets e os computadores a absorverem o tempo todo, mas não devemos desistir.

No início do mês de abril, comemora-se o dia internacional do livro infantil, data escolhida por, no dia 2 de abril de 1805 ter nascido o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, apontado como o primeiro autor a romancear as fábulas para crianças, transmitindo valores e ressaltando a desigualdade entre ricos e pobres. Escreveu mais de 150 histórias, entre elas as conhecidas Patinho Feio, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, a Polegarzinha, etc.

Mas as comemorações não se ficam por aqui. No próximo dia 23 de abril, celebra-se o dia mundial do livro e dos direitos do autor. Assim é, desde 1996. Esta data está carregada de simbolismo por se tratar do dia da morte de figuras importantes para a literatura, como Cervantes e Shakespeare, mas foi na Catalunha que a ideia nasceu. Sendo o dia de S. Jorge, é costume os homens oferecerem rosas às senhoras e estas retribuírem com a oferta de livros. Hoje em dia, esta troca de rosas por livros já se tornou uma tradição em vários países do mundo.

Quanto aos direitos autorais, chama-se a atenção para um direito que protege a propriedade intelectual. Isto significa que, quando fotocopiamos um livro, estamos a incorrer num crime, num ato ilícito, pois só o autor, ou quem ele expressamente autorizar, pode utilizar e dispor da obra, seja ela literária, artística, ou científica. Tratando de literatura, os direitos de autor expiram setenta anos após o ano subsequente ao falecimento do autor, passando a obra a pertencer ao domínio público, segundo norma aceite pela maioria dos países.

 

Crónica de Teresa Adão