Nasci e cresci entre flores e campos de erva verdejante serpenteados de ribeiros de água cristalina correndo entre pedras areadas, vimes e inhames vigorosos, antes da urbanização massiva a que fui sujeito. Essa matriz silvestre permanece na criança que ainda me habita e é a matéria do sonho que alimenta a poesia. Acredito que o amor, a ternura, a alegria, a amizade e a gentileza são direitos humanos que estão em perigo na chegada da idade hipertecnológica que ameaça desvitalizar a beleza dos mais quentes sentimentos humanos. Escrevo como quem grita para que o Amor nunca acabe e que a humanidade continue humana.