A Lisboa de Fernando Pessoa: poética e geocrítica dos espaços desassossegados
17.50 €
A categoria espacial na literatura é analisada, na presente edição, com base nas obras literárias “Livro do Desassossego” e “Lisbon: What the tourist should see”, a partir das ferramentas geocríticas como a intertextualidade, a multifocalização, a polissensorialidade e a estratigrafia. A relação entre espaços físicos e espaços metafísicos revela-se imprescindível para a manifestação do “eu” poético: assim, Lisboa permanece o centro da elaboração das obras do semi-heterónimo Bernardo Soares e de Fernando Pessoa, metafórica e literalmente.
Em stock
A categoria espacial na literatura sempre revestiu uma importância secundária em relação à do tempo, sendo desenvolvidas somente na segunda metade do século XX teorias literárias a este propósito. Com base nas obras literárias Livro do Desassossego e Lisbon: What the Tourist Should See, espaço e lugar são analisados respectivamente através da lente poética de Gaston Bachelard e da lente geocrítica de Bertrand Westphal. Em Bernardo Soares, não se criam espaços ex novo; são buscados os espaços poéticos bachelardianos, para demonstrar em que medida o lugar físico – a cidade de Lisboa – influencia a criação dos espaços simbólicos. A partir de Bachelard, são tidos em conta não lugares de Lisboa, mas espaços em Lisboa. Já em Fernando Pessoa e Westphal, a partir das ferramentas geocríticas como a intertextualidade, a multifocalização, a polissensorialidade e a estratigrafia, a análise concentra-se nas coordenadas geográficas e espaciais da capital portuguesa, para provar que um determinado referente pode até permanecer o mesmo geograficamente ou fisicamente, tornando-se, contudo, inúmero diante de inúmeras prospetivas. Nesse sentido, a literatura transforma-se num elemento preservador da compossibilidade dos universos. A relação que existe entre lugares físicos e espaços metafísicos, por mais indireta que seja, é imprescindível: Lisboa é o palco das manifestações intangíveis do eu poético. A capital portuguesa permanece o centro da elaboração das obras do semi-heterónimo Bernardo Soares e de Fernando Pessoa, metafórica e literalmente.
Peso | 350 g |
---|---|
Dimensões (C x L x A) | 15 × 1.1 × 23 cm |
Editora | Edições Esgotadas |
Apenas clientes autenticados e que tenham comprado este produto podem deixar uma avaliação ao produto.
Ainda não temos opiniões acerca deste produto.