Cão Flash
Obra finalista ao Prémio de Poesia Joaquim Pessoa 202012.00 €
Antero Barbosa, autor de várias obras e vencedor de inúmeros prémios literários, brinda-nos com um “quadro” em que o portal da tapada é trespassado pelo coelho em fuga e a matilha em perseguição. Poesia de fina textura e profundidade, o escritor socorre-se da pintura para manter o revérbero das imagens na intensidade da palavra.
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A cena corresponde a quadro não pintado, em que o portal da tapada é trespassado pelo coelho em fuga e a matilha em perseguição.
É uma guerra antiga a da povoação contra o monte, simbolizada por dentes de cães e espingardas prontas a disparar.
O mesmo acontece entre o autor e o motivo.
Não se sabendo se é a cena que dispara o flash ou se é o criador que dispara o flash nela. Acrescentando ao instantâneo prolepses e analepses que fundam a narrativa e a prolongam.
A cena não finda porque passa para o escritor. Que se socorre para a recriar da pintura, da escultura, da geometria, do cinema, da música, em suma da arte. Mas também da ciência: a geografia, a biologia, a medicina, a histologia, a cirurgia plástica.
Nesta nova luta felina é o escritor que persegue a caça, que é a imagem. Intentando que se mantenha o revérbero das imagens para que a imagem não morra.
Embora com textura diversa, estes poemas animais são parentes das Metamorfoses de Públio Ovídio Naso, do Ciclo do Cavalo de Ramos Rosa, do Âmago de Fiama, do rouxinol de Keats, do corvo de Edgar Allan Poe, do albatroz de Baudelaire, das «Treze formas de olhar um melro» de Stevens, das oscuras golondrinas de Bécquer.
E não têm qualquer aparência com o Flash de Herberto Helder, exceto na duração de algum verso, do tamanho da queda da explosão.
Peso | 166 g |
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Dimensões (C x L x A) | 14 × 0.6 × 21 cm |
Editora | Edições Esgotadas |
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